A origem dos ovos e coelhos é antiga e cheia de
lendas. Segundo alguns autores, os anglo-saxões teriam sido os primeiros a usar
o coelho como símbolo da Páscoa. Outras fontes, porém, o relacionam ao culto da
fertilidade celebrado pelos babilônicos e depois transportado para o Egito. A
partir do século VIII, foi introduzido nas festividades da páscoa um deus
teuto-saxão, isto é, originário dos germanos e ingleses. Era um deus para representar
a fertilidade e a luz. À figura do coelho juntou-se o ovo que é símbolo da
própria vida. Embora aparentemente morto, o ovo contém uma vida que surge
repentinamente; e este é o sentido para a Páscoa, após a morte, vem à
ressurreição e a vida. A Igreja no século XVIII adotou oficialmente o ovo como
símbolo da ressurreição de Cristo.
Mas vejamos agora, qual é a verdadeira origem da Páscoa?
Não tem nada a ver com ovos nem coelhos. Sua origem remonta
os tempos do Velho Testamento, por ocasião do êxodo do povo de Israel da terra
do Egito. A Bíblia relata o acontecimento no capítulo 12 do livro do Êxodo.
Faraó, o rei do Egito, não queria deixar o povo de Israel sair, então muitas
pragas vieram sobre ele e seu povo. A décima praga, porém, foi fatal: a matança
dos primogênitos - o filho mais velho seria morto. Segundo as instruções
Divinas, cada família hebreia, no dia 14 de Nisã, deveria sacrificar um
cordeiro e espargir o seu sangue nos umbrais das portas de sua casa. Este era o
sinal, para que o mensageiro de Deus, não atingisse esta casa com a décima
praga. A carne do cordeiro deveria ser comida juntamente com pão não fermentado
e ervas amargas, preparando o povo para a saída do Egito. Segundo a narrativa
Bíblica, à meia-noite todos os primogênitos egípcios, inclusive o primogênito
do Faraó foram mortos. Então Faraó, permitiu que o povo de Israel fosse embora,
com medo de que todos os egípcios fossem mortos.
Em comemoração a este livramento extraordinário, cada
família hebreia deveria observar anualmente a festa da Páscoa, palavra hebraica
que significa "passagem" "passar por cima". Esta festa
deveria lembrar não só a libertação da escravidão egípcia, mas também a
libertação da escravidão do pecado, pois o sangue do cordeiro apontava para o
sacrifício de Cristo, o Cordeiro que tira o pecado do mundo.
A chamada páscoa cristã foi estabelecida no Concílio
de Nicéia, no ano de 325 de nossa era. Ao adotar a Páscoa como uma de suas
festas, a Igreja Católica, inspirou-se primeiramente em motivos judaicos: a
passagem pelo mar Vermelho, à viagem pelo deserto, rumo à terra prometida,
retirando a peregrinação ao Céu, o maná que exemplifica a Eucaristia, e muitos
outros ritos, que aos poucos vão desaparecendo.
A maior parte das igrejas evangélicas, porém, comemora
a morte e a ressurreição de Cristo através da Cerimônia da Santa Ceia. Na
antiga Páscoa judaica, as famílias removiam de suas casas, todo o fermento e
todo o pecado, antes da festa dos pães asmos. Da mesma forma, devem os cristãos
confessar os seus pecados e deles arrepender-se, tirando o orgulho, a vaidade,
inveja, rivalidades, ressentimentos, com a cerimônia do lava-pés, assim como
Jesus fez com os discípulos. Jesus instituiu uma cerimônia memorial, a ceia, em
substituição à comemoração festiva da páscoa. I Coríntios 11h24min a 26 relata
o seguinte:
Jesus tomou o pão, "e tendo dado graças o partiu e
disse: Isto é o meu corpo que á dado por vós; fazei isto em memória de mim. Por
semelhante modo, depois de haver ceado, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é
a nova aliança no Meu sangue, fazei isto todas as vezes que o beberdes, em
memória de mim. Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o
cálice, anunciais a morte do senhor, até que ele venha.”
"Faça desta páscoa, a tua páscoa. Faça desta
ressurreição, tua ressurreição. Nunca se entregue, pois é somente a cada
adversidade que poderemos vislumbrar uma nova oportunidade." Ivan Teorilang.
Nenhum comentário:
Postar um comentário